segunda-feira, 17 de outubro de 2011
Dunhill Nanocut (vermelho)
A algum tempo fui a uma revistaria em um supermercado, a fim de comprar uma edição especial de uma revista que assino. No caixa, vi uma carteira de Dunhill Nanocut, que até então não conhecia. Cheguei em casa e fui procurar informações sobre a marca. Satisfeito com os resultados e cogitando comprar, fui à meu habitual ponto de compra de cigarros, vulga padoca da rua de cima. No caixa estavam duas carteiras do Nanocut. Me dirigi ao atendente.
-Me dá também [além do saco de pães] um Dunhill Nanocut.
-Hã? (atendente).
-Esse aqui (e apontei o cigarro na vitrine).
-Ah, esse não tem não, é só caixinha vazia de exposição. Leva esse, ó (e jogou no balcão uma carteira de Dunhill Carlton Blend).
-Não, vou ficar só com os pães mesmo, obrigado.
É, dessa eu não sabia. A Souza Cruz manda caixas de cigarro vazias para atrair consumidores desinformados como eu. Mas, como bom escoteiro que fui, não desisti. Me dirigi a outra padaria, sem êxito. Banca de jornal, também nada. Teimoso, peguei ônibus e fui até a revistaria citada na primeira frase deste post. Sem resultado.
Voltei pra casa frustrado. Até que, mais ou menos um mês depois desse episódio, estava passando pela loja de conveniência de um posto de gasolina e vi a caixinha vermelho e dourada novamente. Como quem não quer nada, perguntei o preço à atendente. Quatro e setenta e cinco, ela informou. Comprei na hora.
Toda essa história se resume em uma sentença: o Nanocut não é fácil de encontrar, assim como todas as outras coisas boas da vida.
Quando peguei a caixinha, sabia que algo estava errado. Era muito mais fina que uma carteira de cigarros comum. Em comparação a uma de Marlboro, por exemplo, tem a mesma altura e comprimento, mas metade (!) da espessura. Deve ter menos cigarros, uns 10, pensei. Ao retirar o plástico da embalagem (outra das minhas manias, tirar todo o plástico), li: 20 CIGARROS. Não é possível. Ao finalmente abrir, senti um delicioso aroma de... papel-cartão. Os cigarros vêm tão apertados lá dentro que mal dá pra sentir o cheiro. Com dificuldade, puxei um. Agora sim. Um excelente aroma de tabaco amadeirado me envolveu, apesar de não tão "vivo" quanto o cheiro do Marlboro. O problema: o cigarro é extremamente fino. Não fino no sentido de chique, fino em diâmetro. Sem hipérboles, é a metade de um King Size comum. O filtro é um pouco maior, preto, com bolinhas brancas e DUNHILL impresso em sentido transversal. Apesar da decepção com o diâmetro do cigarro, pouco mais grosso que um palito de fósforo, acendi um. Forte, encorpado, delicioso. Sabor bem definido e equilibrado. Adorei. Ultrafinos, como a própria embalagem os define, mas queimam na mesma velocidade de qualquer outro. Certamente vou comprar de novo, se encontrar.
Marlboro Red
A tempos ouvia falar do Marlboro Red. Incontáveis avaliações na internet, além do título de cigarro mais popular do mundo, indicam que esta é a melhor marca. A imagem do cowboy cruzando o cânion emoldurado pelo pôr do sol permanecia martelando minha cabeça, enquanto me dirigia à padaria. "Come to where the flavor is", ele me dizia. Não pude ficar sem experimentar.
Era um sábado nublado. Abri a caixinha de papel-cartão. Um excelente cheiro de tabaco, amadeirado, atropelou minhas narinas. Gostei. Puxei meu isqueiro, e um dos famigerados King Sizes. Iludido pelo cheiro agradável da carteira recém aberta, mal acendi um e já estava tragando profundamente. Eita porra.
Forte, amargo, denso, seco. Muito seco. Não consigo entender como diabos tanta gente fuma isso. A fumaça chegava a fazer minha garganta arder. Não foi por falta de experiência, já fumei cigarros tidos como mais fortes do que o Marlboro, e não senti nada semelhante.
Acreditando que se tratava de algo momentâneo, apaguei o cigarro pela metade, com a promessa de acender outro mais tarde. Tomei um banho, um café, fui ver um filme. Mais ou menos na metade, uma cena em que uma jovem acende um cigarro despertou minha memória. A contragosto, peguei de novo a carteira branca, com detalhes vermelhos. Puxei mais um, acendi. Mesma merda. Dessa vez, não senti nenhuma ardência, mas mesmo assim o sabor não era dos melhores. Dessa vez fumei até o final, porém sem vontade alguma. Só para não ficar com aquele gosto desagradável na boca, acendi em seguida meu amado, idolatrado, salve salve Lucky Strike.
Mas sobre o Marlboro, só me restam más lembranças. Tentei fumar novamente algumas vezes, apenas para não desperdiçar uma carteira quase cheia. Me restam ainda 16 deles. Creio que vão ficar no fundo de alguma gaveta por muito tempo.
Era um sábado nublado. Abri a caixinha de papel-cartão. Um excelente cheiro de tabaco, amadeirado, atropelou minhas narinas. Gostei. Puxei meu isqueiro, e um dos famigerados King Sizes. Iludido pelo cheiro agradável da carteira recém aberta, mal acendi um e já estava tragando profundamente. Eita porra.
Forte, amargo, denso, seco. Muito seco. Não consigo entender como diabos tanta gente fuma isso. A fumaça chegava a fazer minha garganta arder. Não foi por falta de experiência, já fumei cigarros tidos como mais fortes do que o Marlboro, e não senti nada semelhante.
Acreditando que se tratava de algo momentâneo, apaguei o cigarro pela metade, com a promessa de acender outro mais tarde. Tomei um banho, um café, fui ver um filme. Mais ou menos na metade, uma cena em que uma jovem acende um cigarro despertou minha memória. A contragosto, peguei de novo a carteira branca, com detalhes vermelhos. Puxei mais um, acendi. Mesma merda. Dessa vez, não senti nenhuma ardência, mas mesmo assim o sabor não era dos melhores. Dessa vez fumei até o final, porém sem vontade alguma. Só para não ficar com aquele gosto desagradável na boca, acendi em seguida meu amado, idolatrado, salve salve Lucky Strike.
Mas sobre o Marlboro, só me restam más lembranças. Tentei fumar novamente algumas vezes, apenas para não desperdiçar uma carteira quase cheia. Me restam ainda 16 deles. Creio que vão ficar no fundo de alguma gaveta por muito tempo.
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
Lucky Strike Click & Roll
Admito: eis meu cigarro preferido. Lucky Strikes são cigarros entre médio e forte em teor de nicotina e densidade de fumaça, porém bem aromáticos. O "Click & Roll", além de fácil de encontrar em padarias, bancas de jornal e etc., é razoavelmente barato (por volta de R$4,50).
A inovação presente nesse cigarro é única. Ao pressionar um ponto marcado no filtro, você rompe uma pequena cápsula de mentol. Essa cápsula permite que você alterne entre cigarros comuns e mentolados, quando bem entender. Genial.
A cápsula miraculosa. |
Reinvenções
Como eu publiquei no último post, a indústria de cigarro foi proibida de fazer propagandas na mídia, em 2001. Desde aquele ano, o cigarro vem perdendo público consumidor. Sem opção, as marcas se reinventaram, criando embalagens mais atrativas, inovações em sabor, tamanho, estilo, etc. Foi nesse meio-tempo que eu comecei a fumar, parte por curiosidade, parte por sedução das embalagens, sempre à espreita na saída de estabelecimentos comerciais. Não me arrependo. As inovações trazidas por empresas como Souza Cruz, Philip Morris e Djarum compensam a falta de propagandas. Podemos citar, por exemplo, o Lucky Strike Click & Roll, Djarum Black, Dunhill Nanocut, Marlboro Filter Plus, Free Fresh...
São muitas as inovações, e eu pretendo postar aqui minhas impressões sobre todas elas, além de falar um pouco sobre marcas tradicionais. Não recebo nada de nenhuma das empresas/marcas citadas, apenas comento.
Let there be rock.
São muitas as inovações, e eu pretendo postar aqui minhas impressões sobre todas elas, além de falar um pouco sobre marcas tradicionais. Não recebo nada de nenhuma das empresas/marcas citadas, apenas comento.
Let there be rock.
Início
Sou anônimo, fumante e cronista amador. O objetivo deste blog é expor minha opinião sobre marcas de cigarros e coisas do gênero. Críticas? Aceito quando construtivas, mande um e-mail. O problema é quando as pessoas se acham no direito de opinar sobre meus hábitos e pensamentos. Não se dê ao trabalho de comentar coisas do tipo "Não fume": eu nem leio esses comentários. A propósito, minha intenção aqui não é induzir ninguém ao tabagismo. Reforço: Este blog serve para expor minhas opiniões, e quem sabe ouvir as suas se forem relevantes.
Após essa introdução, chata mas necessária, vamos ao que interessa. A indústria do tabaco perdeu força nos últimos anos, devido à proibição da propaganda de seus produtos. Atualmente, o cigarro não passa mais a imagem de um produto refinado e "descolado", em parte devido à ausência de propagandas que sugiram essa ideia. Devido a isso, hoje em dia existem dois tipos de fumantes: os viciados em nicotina, dependentes do cigarro, e os que fumam por puro prazer, sem necessariamente ser uma chaminé. Exemplo: Assim como existem alcoólatras, que pagam pouco por uma bebida de baixa qualidade e bebem por necessidade física, existem os fumantes "compulsivos". Por outro lado, existem também os que preferem pagar mais caro por um bom whisky. Esse último grupo não bebe porque precisa, bebe porque gosta. Sim, faz diferença. Alguém que aprecia um bom cigarro não fuma um maço por dia, fuma uma quantidade menor, quando fuma. E sim, todos estamos cientes dos riscos.
Após essa introdução, chata mas necessária, vamos ao que interessa. A indústria do tabaco perdeu força nos últimos anos, devido à proibição da propaganda de seus produtos. Atualmente, o cigarro não passa mais a imagem de um produto refinado e "descolado", em parte devido à ausência de propagandas que sugiram essa ideia. Devido a isso, hoje em dia existem dois tipos de fumantes: os viciados em nicotina, dependentes do cigarro, e os que fumam por puro prazer, sem necessariamente ser uma chaminé. Exemplo: Assim como existem alcoólatras, que pagam pouco por uma bebida de baixa qualidade e bebem por necessidade física, existem os fumantes "compulsivos". Por outro lado, existem também os que preferem pagar mais caro por um bom whisky. Esse último grupo não bebe porque precisa, bebe porque gosta. Sim, faz diferença. Alguém que aprecia um bom cigarro não fuma um maço por dia, fuma uma quantidade menor, quando fuma. E sim, todos estamos cientes dos riscos.
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